Principal reserva de água potável do planeta

Captação e Uso


O uso da água subterrânea em Minas Gerais

Pode-se dizer que Minas Gerais é uma síntese do Brasil. Suas 12 mesorregiões homogêneas apresentam grandes variações sob os mais diferentes aspectos, sejam eles os sociais e econômicos, bem como os climáticos, pluviométricos, bióticos, fitoecológicos, topográficos, geomorfológicos e como não poderia deixar de ser, os geológicos e conseqüentemente os hidrogeológicos.
De forma resumida, são apresentados a seguir os principais aqüíferos explotados no estado e sua potencialidade de uso:
  • rochas cristalinas granito-gnáissicas, que correspondem à maior parte do território, englobando o sul, zona da Mata e toda a região leste, onde o grau de fraturamento define a produtividade da captação – poços de 60 a 150 m com vazões variando entre 2 e 30 m3/h;
  • calcários do grupo Bambuí, correspondendo à região do vale do São Francisco, onde poços em áreas carstificadas, com profundidades entre 40 e 150 m apresentam vazões de até 200 m3/h, tendo sido registrada, em um poço com 100 m de profundidade em Sete Lagoas, a capacidade específica de 42,8 m3/h.m com nível estático de 5,35 m (Aquaterra, 1987);
  • basaltos da formação Serra Geral, na região do Triângulo Mineiro, onde a água explotada provém do sistema de fraturas, com profundidades entre 80 e 250 m e com produtividade superior a das rochas cristalinas;
  • sedimentos da formação Botucatu-Pirambóia, constituintes do aqüífero Guarani, sotopostos ao basalto, com aproveitamento recente no território mineiro, considerando que os primeiros poços foram perfurados em 1998. No mais profundo, no município de Frutal, a perfuração atingiu 1.166 m, com basalto até 985 m e vazão de 334 m3/h, com água a 51,5 ºC. (Hidrogesp, 1999) Mais ao norte, na cidade de Uberaba, caminhando em direção à borda da bacia, o Guarani é captado a 650 m aproximadamente, com vazões de mesma grandeza e já se constitui na nova alternativa do município para o abastecimento de água potável;
  • sedimentos cretáceos dos grupos Bauru, Urucuia, Mata da Corda e Areado. Os arenitos do Bauru ocorrem no Triângulo, sobrejacentes ao basalto e só no município de Araguari, existem centenas de poços com profundidade média de 60 m, com vazão média de 10 m3/h, explotando o aqüífero livre da formação Marilia, com sérios riscos de degradação quantitativa e qualitativa. Os grupos Mata da Corda e Areado ocorrem na região centro-noroeste do estado e o grupo Urucuia ocorre no extremo norte, na divisa com a Bahia e Goiás, numa região promissora com novos assentamentos rurais e agricultura extensiva. Este arenito alcança espessura superior a 250 m e apresenta poços com capacidade específica de 5 m3/h.m;
  • aluviões quaternários localizados, destacando-se aqueles da região do Vale do Aço (Coronel Fabriciano, Timóteo e Ipatinga), ao longo do rio Piracicaba, onde um poço com profundidade média de 40 m pode produzir uma vazão da ordem de 180 m3/h. Toda a água destinada ao abastecimento urbano da região provém deste aqüífero, que é recarregado pelo rio – caso de rio influente. O aqüífero aqui desempenha bem a sua função filtro, visto que o rio atravessa zona densamente povoada e com intensa atividade industrial.
A exemplo de outras concessionárias de abastecimento público de água, a Cia. de Saneamento de Minas Gerais - COPASA dá grande ênfase ao aproveitamento dos recursos hídricos subterrâneos, sendo que cerca de 60% dos seus sistemas contam com produção significativa de poços tubulares profundos (Oliveira, F. e Sadala, J., 2000).

Na região metropolitana de Belo Horizonte, a esmagadora maioria dos empreendimentos industriais dispõe de poços tubulares para suplementar ou substituir a água fornecida pela concessionária.

Condomínios residenciais horizontais de classe média/alta, localizados notadamente na porção sul da RMBH, também utilizam os aqüíferos como manancial de abastecimento de água potável.   

Uma prática lamentável e condenável é o surgimento, nos últimos anos, de pequenas empresas, à margem da legalidade e da técnica, que criaram um segmento de mercado de poços de baixo custo, denominados mini-poços ou poços semi-artesianos, notadamente na região metropolitana de Belo Horizonte. Esses poços de baixa profundidade, explotam aqüíferos subsuperficiais localizados sempre em formações aluvionares inconsistentes, superpostas ao embasamento cristalino, com água geralmente contaminada por atividades antrópicas e cujo consumo in natura constitui sério risco à saúde.


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RT: Marcilio Tavares Nicolau - CREA MG 9877/D

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